O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, adiantou a comemoração do Natal no país a partir do dia 1º de outubro, seguindo o mesmo anúncio feito em anos anteriores.
“Vamos decretar que a partir de 1º de outubro, o Natal recomeça na Venezuela. Este ano também,” anunciou Maduro.
A declaração foi feita durante a 90ª edição do programa “Maduro+” exibido na segunda-feira (8), na TV Estatal Venezuelana e no YouTube.
O ditador afirmou que o decreto é uma forma de “defender a felicidade”. “Como nosso povo está constantemente em busca de sua felicidade e da atividade econômica, comercial e cultural, queremos que eles se unam e se fortaleçam; vamos aplicar a mesma fórmula de outros anos, que funcionou muito bem para a economia, a cultura e a felicidade.”
“Com alegria, comércio, atividade, cultura, canções natalinas e gaitas de fole. Esta é a maneira de defender a felicidade, o direito à felicidade, o direito à alegria”, declarou.
A mudança foi decretada pela primeira vez em 2013. Na ocasião o país enfrentava um cenário econômico difícil, Maduro então adiantou as feiras natalinas que vendem presentes e ingredientes da ceia, em um momento em que enfrentavam também uma escassez de produtos.
O ditador então repetiu a prática várias vezes nos anos seguintes, inclusive em 2024. Bispos criticaram Maduro no ano passado, afirmando que a comemoração não deve ser usada de forma política ou para propagandas, e a data é definida pela Igreja Católica.
Tensão com os EUA
O anúncio ocorre em meio ao aumento das tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, após Donald Trump ordenar o avanço de tropas perto do território venezuelano.
Na semana passada, Maduro disse que o presidente americano enviou tropas para o Mar do Caribe, perto da costa venezuelana, porque deseja os “recursos naturais” do país.
“Eles vêm (…) pelo petróleo venezuelano, querem de graça, pelo gás. Temos a quarta maior reserva de gás do mundo e as principais reservas de ouro”, declarou o ditador.
*Com informações da TN
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