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Sedentarismo atinge 1,8 bilhões e ameaça saúde até 2030

Inatividade física cresce em todo o mundo e pode atingir 35% da população nos próximos cinco anos, aumentando risco de infarto, derrame e câncer

15/09/2025 às 18h55
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Dino
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Um estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com pesquisadores internacionais e publicado na revista The Lancet Global Health, revelou que quase um terço dos adultos (31%) em todo o planeta, aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas, não atingiu os níveis mínimos recomendados de atividade física em 2022.

Segundo o levantamento, a inatividade aumentou cerca de 5 pontos percentuais entre 2010 e 2022 e, se a tendência continuar, pode atingir 35% da população até 2030, afastando o mundo da meta global de reduzir em 15% o sedentarismo no mesmo período. A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana para que uma pessoa não seja considerada sedentária.

Para Patrícia Alves de Oliveira, cardiologista do Sírio-Libanês, a falta de movimento já é considerada uma ameaça silenciosa à saúde pública, elevando o risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, como o de mama e o de cólon. "O sedentarismo já pode ser considerado uma epidemia moderna", explica a especialista.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 47% dos adultos brasileiros são sedentários. Este número cresce para 84% entre os jovens. O Brasil ocupa hoje o quinto lugar no ranking mundial de sedentarismo e lidera na América Latina.

Segundo a cardiologista, o uso prolongado de dispositivos eletrônicos contribui para o aumento do tempo sentado e altera padrões de sono, elevando a pressão arterial e favorecendo ganho de peso. "A tecnologia trouxe inúmeros benefícios, mas também intensificou o sedentarismo. Muitas atividades hoje são automatizadas ou feitas por controle remoto, reduzindo drasticamente o movimento diário. E o sedentarismo, por si só, já aumenta o risco de doenças cardíacas, assim como os fatores tradicionais como hipertensão e obesidade", reforça.

"Não é preciso ser atleta para reduzir riscos cardiovasculares. Pequenas mudanças, como subir escadas, caminhar curtas distâncias e diminuir o tempo sentado, já ajudam a quebrar o ciclo do sedentarismo", conclui Patrícia.

A seguir cinco dicas simples e práticas para combater o sedentarismo no dia a dia:

  1. Subir escadas em vez de usar elevador - pequenas mudanças de hábito já contam como atividade física.
  2. Fazer pausas ativas durante o trabalho - levantar-se a cada hora para alongar ou caminhar por alguns minutos.
  3. Reduzir o tempo de tela - estabelecer pausas regulares para levantar-se, alongar e evitar passar horas seguidas em frente ao computador, celular ou TV.
  4. Incluir movimento em tarefas diárias - caminhar enquanto fala ao telefone, levar o cachorro para passear ou dançar enquanto arruma a casa.
  5. Trocar o carro por caminhada ou bicicleta em trajetos curtos, aproveitando para se movimentar naturalmente.
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