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Prefeito exonera procurador e promete demitir chefe de gabinete e suspender contratos

Câmara revogou autorização para empréstimo de R$ 20 milhões

16/09/2025 às 09h11
Por: Tribuna Popular Fonte: Da Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O prefeito interino de Terenos, Dr. Arlindo (Republicanos), exonerou, nesta terça-feira (16), o procurador-geral do Município, Felipe Barbosa da Silva. Esta é a primeira mudança dele após assumir o comando do Município, depois da prisão do titular, Henrique Wancura Budke (PSDB).

O prefeito completa, nesta terça-feira, uma semana na prisão, mas Dr. Arlindo assumiu a prefeitura apenas na sexta-feira. Ontem, a reportagem relatou que ele ainda não tinha tomado nenhuma medida após assumir a prefeitura, mantendo no cargo, por exemplo, Nilza Lopes na chefia de gabinete. Ela não foi citada na investigação até o momento, mas é esposa de um dos 15 presos ao lado do prefeito, Orlei Figueiredo Lopes.

Dr. Arlindo explicou à reportagem que ainda está resolvendo questões administrativas, mas prometeu apresentar todas as medidas tomadas em relação a empresas e pagamentos. Além disso, afirmou que vai exonerar todos os envolvidos.

“Amanhã deve sair no diário oficial a exoneração e todas as mediadas que tomei recentemente em relação às empresas e aos pagamentos. Hoje, foi meu primeiro dia. Estava envolvido com muitas questões burocráticas, como acesso a banco para pagamento”, justificou.

 Indagado sobre a permanência da chefe de gabinete, esposa de um dos presos, o prefeito afirmou que ela e todos os que foram citados na denúncia serão exonerados. Além disso, não descartou novas trocas após “tomar parte de toda a situação”. 

Esposo denunciado

Orlei  Figueiredo Lopes é esposo da chefe de gabinete do prefeito preso, Nilza Lopes. Ele é apontado na denúncia do Ministério Público Estadual como a pessoa que recebia propina no período em que a empresa Angico executava a construção de um bloco da Escola Jamic (Tomada de Preços 006/2022). 

Segundo a investigação, Henrique teria recebido, no ano de 2024, o valor de R$ 30.000,00 durante a execução das tomadas de preço em análise, o que teria feito por meio de Orlei, utilizado como “testa de ferro” do Prefeito. 

“Ocorre que, 13 dias após Genilton receber o valor de R$ 277.348,32, Henrique lhe encaminharia mensagem para que tomassem um café na Prefeitura, o que teria sido prontamente aceito. De imediato, após o encontro pessoal, Genilton teria acionado Orlei para solicitar a sua chave pix, sob o argumento de que iria realizar um pagamento tido por restante. Logo em seguida, Genilton teria transferido a Orlei a quantia de R$ 30.000,00, com envio do respectivo comprovante”, informa o MPE. 

Empréstimo revogado

Ontem, vereadores revogaram a autorização que eles mesmo aprovaram para um empréstimo de até R$ 20 milhões com Banco do Brasil.

O empréstimo foi liberado para Henrique Budke, mas os vereadores decidiram cancelar após a prisão. Na revogação, afirmaram que podem aprovar novamente, se solicitado pelo prefeito interino.

O caso

Operação Sptles, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO)  e Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 59 mandados de busca e apreensão na terça-feira passada, em Terenos.

A investigação constatou a existência de organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública instalada no município de Terenos/MS, com núcleos de atuação bem definidos, liderada por um agente político, que atuava como principal articulador do esquema criminoso.

“A organização criminosa se valia de servidores públicos corrompidos para fraudar o caráter competitivo de licitações públicas, direcionando os respectivos certames para beneficiar empresas participantes do esquema delituoso, mediante a elaboração de editais moldados e por meio de simulação de competição legítima, em contratos que, somente no último ano, ultrapassaram a casa dos R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais), diz parte da nota do Gaeco.

Segundo as investigações, o esquema também envolvia o pagamento de propina aos agentes públicos que, em típico ato de ofício, atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, como ainda aceleravam os trâmites administrativos necessários aos pagamentos de notas fiscais decorrentes de contratos firmados entre os empresários e o poder público.

A polícia extraiu provas  de alguns telefones celulares apreendidos na Operação Velatus, compartilhadas mediante autorização judicial, que revelaram o modus operandi da organização criminosa e possibilitaram que se chegasse até o líder do esquema.

“Spotless” – termo que dá nome à operação, é uma referência à necessidade de os processos de contratação por parte da Administração Pública serem realizados sem manchas ou máculas.

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