
O Ministério Público pediu que mais três investigados por corrupção em Terenos utilizem tornozeleira eletrônica e cumpram medidas cautelares.
Assim, o vereador e empresário Arnaldo Godoy Cardoso Glagau (PSD), e os empresários Rinaldo Cordoba de Oliveira e Rogério Luís Ribeiro aguardam decisão judicial.
O pedido será analisado pelo relator da ação, desembargador Jairo Quadros, que determinou a distribuição em apenso para analisar. Agora, as defesas dos acusados foram intimadas a se manifestar sobre o pedido, que será analisado por magistrado.
Conforme o MP, os três faziam parte do núcleo empresarial. As empresas participavam de licitações, muitas vezes de fachada, para que um escolhido fosse o vencedor.
Trata-se de uma medida judicial urgente para aplicar medidas cautelares, ou seja, restrições a investigados. O recurso é utilizado pelo MP para garantir a eficácia da investigação criminal.
O pedido corre em sigilo. Mas, conforme apurado pela reportagem, abrange apenas esses três investigados. O motivo para esse tipo de ação é porque o MP entendeu que pode haver interferência dos acusados.
Conforme a denúncia do MPMS, quatro empreiteiras se revezavam para vencer licitações, repassavam dinheiro umas às outras e até mesmo faziam empréstimos para os ‘parceiros’ darem conta de tocar obras das quais venceram licitação e, supostamente, teriam condições de executar.
Para isso, os quatro empreiteiros criaram uma espécie de ‘irmandade’ em que eles se ajudavam e repartiam os ‘lucros’ obtidos com os contratos fraudulentos. “Uma parceria na qual prestam suporte mútuo por meio da utilização de suas empresas”, pontuam os promotores de Justiça Eduardo de Araújo Portes Guedes e Bianka Machado Arruda Mendes.
As investigações concluíram que as empresas foram abertas sem que tivessem condições de executar obras complexas. Até um atestado de capacidade técnica – documento exigido em licitações – foi fornecido de um empreiteiro investigado para outro.
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