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Pilates reúne mitos e verdades sobre benefícios e limitações

Especialista da Bio Ritmo explica o que realmente funciona em uma das modalidades mais populares do país

03/11/2025 às 14h26
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Dino
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O Pilates vem ganhando cada vez mais espaço nas academias e redes sociais, chamando a atenção de quem busca um treino completo, que une corpo e mente. Antes visto principalmente como uma atividade voltada para pessoas idosas ou em reabilitação, o método passou por uma grande transformação nos últimos anos. Hoje, o público é muito mais diverso e inclui desde jovens em busca de equilíbrio e definição até atletas e profissionais de esportes de alto rendimento, que utilizam a técnica para aprimorar desempenho e prevenir lesões.

Entre 2020 e 2024, o número de estúdios de Pilates no Brasil cresceu de forma consistente. De acordo com dados da fabricante de equipamentos Metalife, o país já conta com cerca de 60 mil estúdios, e a expectativa é que até o final de 2025 esse número aumente em mais 5,5 mil unidades, o que representa a maior expansão já registrada no setor, segundo a empresa.

De acordo com Thamyres Bueno, professora de Pilates da Bio Ritmo, o método criado por Joseph Pilates na década de 1920 é muito mais do que uma tendência. “O Pilates trabalha força, flexibilidade, equilíbrio e consciência corporal, sendo indicado para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico”, explica.

Pensando nisso, a especialista reuniu as oito principais dúvidas que envolvem a prática para aqueles que já possuem o hábito da atividade ou para quem está buscando conhecer.

Qual diferença entre o Mat Pilates e de aparelho?

O Mat Pilates (ou Pilates solo) é a base do método, pois trabalha muito o controle corporal, a estabilidade e a consciência dos movimentos. Feito com o peso do próprio corpo e acessórios simples, como bola, aro e elástico, ele exige uma lapidação maior do corpo, já que o controle e a resistência vêm do próprio aluno e não das molas e eixos dos aparelhos.

Já o Pilates com aparelhos (Reformer, Cadillac, Barrel etc.) permite ajustar a resistência e o apoio, o que facilita para iniciantes e ajuda na progressão dos exercícios. No geral, os dois se complementam: o solo é a base e o aparelho ajuda na evolução e refinamento do movimento.

Segundo Thamyres, a escolha entre um e outro depende do objetivo e do nível de condicionamento físico de cada pessoa. “Quem está começando, tem alguma limitação ou busca um trabalho mais guiado pode se adaptar melhor ao Pilates com aparelhos. Já o solo costuma exigir mais controle e estabilidade, sendo uma boa opção para quem quer desenvolver força e consciência corporal. O ideal, quando possível, é combinar as duas modalidades, já que elas se complementam”, orienta a profissional.

Pilates substitui a musculação?

Não. Pilates e musculação se complementam, mas trabalham objetivos diferentes.

A musculação foca mais no ganho de força máxima e no aumento de massa muscular (hipertrofia), enquanto o Pilates trabalha força de resistência, mobilidade e consciência corporal.

Ou seja, o Pilates melhora o controle, o equilíbrio e a postura, fatores que ajudam inclusive no desempenho na musculação e na prevenção de lesões.

É preciso fazer Pilates com frequência para ver resultados?

Sim. A consistência é o que faz a diferença. Mesmo com duas aulas por semana, já é possível perceber mudanças na postura, na mobilidade e na força em poucas semanas.

Existem efeitos agudos, que são percebidos praticamente aula após aula, como melhora na mobilidade e sensação de alongamento. Já os efeitos crônicos, que envolvem ganhos mais duradouros de força, equilíbrio e controle corporal, aparecem com a prática constante, normalmente entre quatro e oito semanas.

É justamente a soma desses efeitos agudos e contínuos que consolida os resultados do Pilates ao longo do tempo. “O corpo responde muito bem à prática regular. Com o tempo, os movimentos ficam mais conscientes e o aluno passa a perceber ganhos no dia a dia, como mais disposição e menos dores”, explica a especialista.

Pilates é igual fisioterapia?

Não, embora compartilhe princípios de controle de movimento, respiração e alinhamento corporal, o Pilates é uma atividade física completa, voltada para o fortalecimento global e a melhora da qualidade de vida. A fisioterapia, por outro lado, tem foco clínico e é usada em processos de reabilitação e tratamento de lesões específicas.

Qual a diferença entre Pilates e alongamento?

Enquanto o alongamento foca na flexibilidade, o Pilates trabalha o corpo como um todo, incluindo força, postura e respiração. Entretanto, ambos podem ser positivos para a melhora da postura, uma vez que trabalham a região que engloba abdômen, lombar e pelve, fundamentais para manter a postura equilibrada e prevenir sobrecargas na coluna.

“O Pilates é um grande aliado para vencer dores nas costas, pois fortalece os músculos estabilizadores da coluna e melhora a consciência postural. Com o tempo, o aluno percebe que passa a se mover com mais leveza e sente menos desconforto no dia a dia”, reforça.

É possível praticar sozinho em casa?

Depende, existem exercícios que podem ser feitos em casa, mas o acompanhamento de um profissional garante a execução correta e previne lesões.

Pilates é seguro para gestantes e pessoas com lesões?

Sim, desde que seja feito com acompanhamento adequado. O Pilates é uma prática segura e amplamente indicada tanto para gestantes quanto para pessoas em processo de recuperação de lesões, mas exige avaliação individual e orientação profissional. Cada corpo responde de uma forma e tem limitações específicas que precisam ser respeitadas.

“Durante a gestação, por exemplo, o Pilates ajuda a aliviar dores lombares, melhorar a circulação e preparar o corpo para o parto. Mas é fundamental adaptar os exercícios conforme o trimestre e sempre com liberação médica”, frisa a especialista.

Com que frequência é preciso fazer Pilates para obter resultados?

Os resultados do Pilates começam a ser percebidos, em média, entre quatro e oito semanas de prática regular. A frequência ideal costuma ser de duas a três aulas por semana, o suficiente para o corpo assimilar os movimentos e evoluir de forma segura.

“Mais do que a quantidade de treinos, o segredo está na regularidade, então mesmo quem pratica apenas duas vezes por semana já pode notar diferença significativa na forma de se mover e na consciência corporal”, finaliza Thamyres Bueno.

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