No mês de aniversário de Campo Grande, o senador Nelson Trad (PSD) ministrou palestra sobre Rota Bioceânica a noite a última quinta-feira (01), no evento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedesc). “Defendo esse projeto como prioridade no meu mandato, o corredor bioceânico vai encurtar 7.200 km marítimos de distância, será vantajoso para o Brasil e MS nas transações de agronegócios. É a conexão entre o Centro Oeste e o Paraguai, Argentina e Chile”, explicou o senador.
De acordo com o Trad, o Corredor Rodoviário Bioceânico irá gerar novas oportunidades econômicas para Mato Grosso do Sul. “Os produtos chilenos, argentinos e paraguaios passarão a ingressar no Brasil por Porto Murtinho, Corumbá e Ponta Porã. Ou seja, não será unicamente pelo Sul do Brasil, mas também pelo Centro-Oeste. Os produtos da região chegarão aos mercados mais distantes a preços mais competitivos”, enfatizou o senador.
Na palestra, o parlamentar justificou que haverá redução de 60% nos custos, segundo ele, conforme a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). “Quando estiver em operação (2 a 3 anos), será possível transportar uma carga de MS a Antofagasta em dois a três dias, e embarcar o produto com destino à Asia. Evita-se congestionamento dos portos de Santos e Paranaguá e passagem pelo Estreito de Magalhães (perigoso) ou Canal do Panamá (caro)”, demonstrou o senador em imagens de slides.
Logística eficiente
A Rota Bioceânica não irá apenas oferecer alternativa mais eficiente e barata para o transporte de carga. O novo corredor vai representar mudança na logística nacional e regional. “Será possível utilizar o Porto Seco de Perico, no Norte da Argentina, ou o futuro Porto Seco de Campo Grande. Não seria mais necessário levar a carga para ser nacionalizada em Buenos Aires ou Santos, será a diversificação de processos de internacionalização das mercadorias, contornando gargalos atuais. Como por exemplo: levar a carga por rodovia até Salta e destiná-la a Buenos Aires por ferrovia; Explorar voos de carga que decolam de Salta/Jujuy para os Estados Unidos; Trazer carga do norte do Chile e redistribuí-la para o Norte do Brasil a partir de Campo Grande”, justificou o senador.
*Com assessoria
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