
A consolidação de projetos de inteligência artificial (IA) nas empresas passa menos por novos recursos e mais por integração ao fluxo de trabalho. Em 2025, análises vinculadas ao MIT indicaram que a maior parte dos pilotos de IA não gera impacto mensurável no negócio quando executados de forma isolada, sem redesenho de processos e rotinas. O dado reforça um ponto central para gestores: a eficácia não depende apenas da ferramenta, mas de como ela se acopla ao trabalho diário.
Pesquisas globais também sugerem que o valor de IA emerge quando as organizações reconfiguram tarefas, governança e papéis. Em levantamento recente, a McKinsey identificou que o redesenho de workflows está entre os fatores com maior correlação com resultados financeiros em projetos de IA, sinalizando que métricas de adoção e qualidade importam tanto quanto ganhos de eficiência.
O desafio organizacional envolve ainda o chamado “AI sprawl”: a multiplicação de soluções desconectadas em diferentes áreas, com sobreposições funcionais e regras distintas de uso e controle. Esse cenário aumenta custos, dilui aprendizado e dificulta a criação de padrões confiáveis de uso. O foco em interoperabilidade e governança unificada tem sido apontado como caminho para transformar experimentos dispersos em resultados sustentáveis.
Estudos da MIT Sloan destacam que capturar produtividade com IA exige “desconstruir” atividades, reconstruir processos e redefinir a colaboração humano-máquina, inclusive com novas habilidades de julgamento, crítica e criatividade para evitar a produção de conteúdo de baixa utilidade. Assim, competência técnica isolada não basta: trata-se de alinhar tecnologia, desenho de trabalho e práticas de liderança.
Nesse contexto, a Hyper Island anunciou um treinamento em IA orientado a relações entre times e ferramentas, com ênfase em confiança, linguagem comum e prática aplicada. A proposta se apoia em experiências presenciais ou remotas de ritmo intensivo e num modelo de exploração e colaboração, favorecendo prototipagem de fluxos reais, criação de rituais de adoção e liderança visível. O desenho prevê co-criação com o cliente, desde o diagnóstico até a avaliação de resultados.
A abordagem parte de um princípio: adicionar IA a processos existentes raramente altera desfechos para clientes ou colaboradores. O treinamento privilegia a tradução de princípios de governança em rotinas, como critérios de confiança, momentos de verificação e definição de responsabilidades, e o mapeamento de tarefas com potencial de automação no fluxo, sem abrir mão do “human-in-the-loop”.
Diretrizes internacionais reforçam a necessidade de capacitar equipes e lideranças para o uso responsável. A OCDE recomenda programas de formação específicos para trabalhadores e gestores, com ênfase em transparência, mitigação de riscos e salvaguardas. Esse movimento aponta para uma convergência: adoção sustentável de IA requer tanto competências técnicas quanto estruturas de confiança, comunicação e accountability.
Ao situar a integração da IA como problema de trabalho, e não apenas de software, o treinamento anunciado busca apoiar organizações que desejam sair do piloto e avançar para rotinas de uso com impacto mensurável.
Informações adicionais podem ser consultadas no site da Hyper Island por meio deste link: deste link.
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