Apesar de o incêndio ter sido controlado, a situação da Fazenda Caiman, localizada na área rural de Miranda, a 203 km da Capital, ainda preocupa em Mato Grosso do Sul. No local, 80% da fazenda já teria sido atingida, mas a preocupação é que o fogo atinja a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), que seria o local onde os animais teriam procurado refúgio durante a queimada. Com isso, a vida de diversos animais estaria em risco.
O tenente coronel Waldemir Moreira, chefe do Centro de Proteção Ambiental do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul), explica que a mudança da direção do fogo nos últimos dias foi importante para controlar o incêndio na fazenda Caiman, mas que as chamas acabaram se alastrando para fazendas vizinhas. Entretanto, apesar do incêndio controlado, há uma preocupação com a Reserva Natural da Fazenda.
“O problema é que a [Fazenda] Caiman tem um refúgio biológico, lá não pegava fogo há 25 anos. É um refúgio onde há muitos animais, local para observação de pássaros. Este RPPN era o único refúgio para os animais [durante o incêndio]”, diz.
O tenente-coronel Moreira conta que o cenário da Fazenda Caiman é de destruição. Ele relata que houve incêndio subterrâneo, na superfície e na copa das árvores.
“Parece que [a fazenda] foi atingida por uma bomba atômica, tudo está destruído. Lá havia um acúmulo de biomassa e as temperaturas estavam muito altas, chegou a uma sensação térmica de 46°C. A situação só muda se chover, mas só há previsão para o dia 29”.
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