Começam a circular a partir desta terça-feira (22) 20 dos 55 novos ônibus do transporte público de Campo Grande. Os veículos restantes devem chegar ao longo do mês de novembro. “Os demais já estão sendo fabricados e devem chegar até 10 de novembro. Os micro-ônibus também estão sendo fabricados e devem chegar até o final de novembro”, explicou o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, concessionária que opera o sistema de transporte coletivo.
Durante a solenidade de entrega dos novos ônibus, o prefeito Marcos Trad (PSD) anunciou que as obras de reformas de alguns terminais da cidade devem começar também no próximo mês. Após solicitar mudanças na lei, a prefeitura vai executar as obras com o valor das multas aplicadas sobre o consórcio e à Flexpark, concessionária que administra o estacionamento no centro da capital. “Juntamos R$ 2,5 milhões em um ano e vamos reformar três terminais: Júlio de Castilho, Bandeirantes e [a estação] Hércules Maymone”, afirmou Trad.
Antes de serem entregues, os ônibus foram encaminhados para vistoria da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e, só depois, liberados para rodas pelas ruas da Capital.
O Consórcio Guaicurus, responsável por 20 anos pela administração do transporte coletivo da Capital, foi o vencedor da licitação realizada em 2012, com valor de outorga de concessão de R$ 20 milhões, sendo R$ 8,75 milhões maior do que o disponibilizado pela paranaense Auto Viação Redentor.
O contrato prevê que os ônibus devem ser trocados após cinco anos de uso e alguns dos carros em circulação já ultrapassam esse período, o que levou a Agência Municipal de Regulação e Serviços Públicos (Agereg) a ameaçar de multa o Consórcio, em R$ 2,7 milhões por conta de quebra de contrato. Após isso, a empresa anunciou a renovação da frota.
Os novos carros têm projeto de layout padronizado para garantir que a frota, de 555 ônibus, seja uniforme tanto para os veículos novos quanto para os que futuramente serão reformados. Nenhum veículo novo tem ar-condicionado.
Atualmente, dos 555 veículos, 50 são reservas. A idade média dos veículos em circulação é de 6,76 anos, enquanto o contrato estabelece cinco anos, com a compra dos novos carros, segundo o diretor-presidente da Agereg, Vinícius Leite, essa idade volta para a média estabelecida em contrato.
Levantamento da Agereg aponta que para manter a frota dentro da idade média de cinco anos, o consórcio precisa adquirir cerca de 55 veículos por ano, o que custaria R$ 20 milhões.
*Correio do Estado
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