Deputados que pretendem se candidatar nas próximas eleições para prefeito vão participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar possíveis irregularidades da empresa concessionária de energia, a Energisa. Renato Câmara (MDB), José Carlos Barbosa (DEM) e Renan Contar (PSL) querem o Executivo municipal em 2020.
A criação da CPI gerou conflitos entre os 24 deputados. Isso porque a primeira proposta para a instauração da comissão foi de autoria do deputado Renan Contar, pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande pelo partido, em 2020. O parlamentar foi indicado pela presidente regional da sigla, senadora Soraya Tronicke.
Porém, apenas cinco deputados assinaram o requerimento de Contar. Os demais alegaram que o parlamentar estaria utilizando da proposta para se promover e antecipar campanha eleitoral.
Diante disso, outro parlamentar, declarando que não tem interesse em ser candidato a nada, no ano que vem, o deputado Felipe Orro (PSDB), apresentou outro requerimento. O tucano teve sucesso e acabou reunindo 23 assinaturas, inclusive a de Contar.
Após a instauração da CPI, o conflito voltou, mas agora para decidir quem participaria da comissão.
A primeira disputa foi no ninho tucano, em que o deputado Marçal Filho (PSDB), que já revelou a vontade de ser pré-candidato a prefeito de Dourados, pediu para fazer parte do grupo. Porém, ele não foi escolhido. No lugar de Marçal, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB) se elegeu integrante da comissão. Modesto é líder do PSDB na Assembleia Legislativa.
Os demais integrantes foram indicados pelos líderes dos outros dois blocos, o G9 e o G10.
O líder do G9, Márcio Fernandes (MDB), era o único que não tinha decidido quem seriam os integrantes do grupo que fariam parte da CPI. Na manhã desta segunda-feira (18) foi divulgado a decisão de Fernandes. Ele escolheu seu correligionário Renato Câmara e o democratas José Carlos Barbosa, os dois também querem a prefeitura de Dourados, ano que vem.
O líder do G10, deputado Londres Machado (PSD), indicou João Henrique Catan (PL) e Renan Contar.
Os suplentes serão: Modesto, Fernades, Lidio Lopes (Patriotas), Evander Vendramini (PP) e Antônio Vaz (PRB).
Por ser autor do requerimento, Felipe Orro é automaticamente membro titular pelo PSDB na CPI.
Agora, com os membros titulares e suplentes devidamente indicados pelos blocos parlamentares do G-9, G-10 e PSDB, o próximo passo a ser dado é a reunião dos integrantes para eleger a presidência, vice-presidência e relatoria da CPI da Energisa. Esta definição deve acontecer ainda ao longo desta semana. A Comissão tem o prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, e a pauta de reuniões e primeiras providências da investigação também serão definidas nesta reunião.
*Correio do Estado
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