A comemoração dos flamenguistas de Campo Grande na noite de sábado (24) deixou rastro de sujeira nos altos da Avenida Afonso Pena. Quem foi ao local nesta manhã se deparou com lixo espalhado, como restos de rojões, limões, sacolas, garrafas, entre outros objetos.
A escrevente Viviane Carrelo Tamasato, de 38 anos, foi ao Parque das Nações Indígenas para andar de patins, mas desistiu ao se deparar com a sujeira espalhada.
“Isso é uma tragédia, tentei andar, mas a sujeira inviabiliza. Com os patins todo obstáculo se torna mais perigoso, é uma falta de
educação, inclusive, educação é coisa básica para as pessoas conviverem socialmente, é o mínimo”, reclama.
Desanimada, a mulher pede consciência. “Se eu consumir, o mínimo que posso fazer é carregar para a lixeira ou meu carro. Tenho que respeitar o espaço do outro”, completou.
Viviane Carrelo tentou correr, mas se deparou com muita sujeira (Foto: Paulo Francis)
A final da Libertadores da América terminou no fim da tarde com a vitória rubro-negra por 2 a 1, de virada, sobre o River Plate-ARG.
O vendedor Jorge Gomes da Silva, de 53 anos, tem um quiosque na Afonso Pena há sete anos. Ele conta que ficou até por volta das 21h, quando viu o início da aglomeração de torcedores. “A Afonso Pena e o Parque das Nações são a praia de Campo Grande, deveriam ter mais consciência e zelo. Usei, sujei, vou limpar. É triste, o pessoal chega de manhã para usar o parque e encontra isso”, completa.
Geraldo Santana dos Santos, de 59 anos, trabalha alugando bicicletas na via. Ele conta que estava no local antes do jogo e enquanto trabalhava estava tudo limpo. Por volta das 18h viu o início da aglomeração e decidiu recolher as bicicletas.
“É falta de consciência. É uma avenida modelo, muitos vêm para se divertir, passear, as pessoas não respeitam”, completa.
De acordo com a Polícia Militar, foram várias ocorrências na noite de sábado por perturbação relacionadas a comemoração do jogo.
Rojão e garrafa de cerveja na avenida, após festa da torcida.
*Campo Grande News