O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), afirmou nesta quinta-feira que o governo do presidente Michel Temer (MDB) está sendo “retaliado” por parte do Judiciário por propor e defender a reforma da Previdência.
“O governo é retaliado por setores do Judiciário por estar propondo essa reforma. Ou tem cabimento juiz não saber ler artigo da Constituição que estabelece que nomear ministro é prerrogativa do presidente?”, questionou, referindo-se à suspensão da nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho pela Justiça.
Associações de juízes estão entre as representações profissionais que se mobilizam para que o Congresso rejeite, ou ao menos suavize, as mudanças nas regras para servidores públicos. Foi durante um evento da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) nesta quinta que dois integrantes da base aliada, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), e um dos vice-líderes do governo, Rogério Rosso (PSD-DF), criticaram a atual versão da proposta.
É justamente Rosso, que tem como base eleitoral o funcionalismo de Brasília, quem foi designado pelo presidente Temer para negociar com as associações. A principal mudança em pauta deve ser uma nova regra de transição para aqueles que ingressaram no serviço público antes de 2003.
“O atual texto nasceu totalmente errado. Fiz um apelo ao presidente Temer. Estou preocupado em fazer um texto justo. Essa campanha do governo contra o servidor coloca o brasileiro contra o brasileiro”, disse o parlamentar durante fala no ato da AMB.
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