A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, com estrutura que custou R$ 18,2 milhões, completou três anos de funcionamento, mas ainda sem utilizar toda a capacidade física e operacional.
O lugar que deveria ser modelo no atendimento à mulher vítima de violência ainda necessita de alguns serviços e ampliação do efetivo para atender a população.
Para a coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) e defensora pública, Edmeiry Festi, falta o serviço do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) no prédio.
“As vítimas ainda precisam atravessar a cidade para fazer o corpo de delito”. Quando a mulher não tem como ir até a sede do instituto, localizado a mais de 9 quilômetros da Casa da Mulher Brasileira, é disponibilizado um motorista e um carro para o transporte.
Outro ponto mencionado foi a dificuldade no quadro de funcionários. “Nosso esquema de revezamento é feito com dificuldade. A defensoria precisaria de mais servidores para estarem disponíveis para a população. Esperamos que haja remanejamento para o local com o concurso que foi aberto”, acrescentou a defensora.
A delegada titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), Ariane Murad, explica que, por mês, são aproximadamente 650 boletins de ocorrência registrados.
Os inquéritos policiais estão demorando cerca de dois meses para serem concluídos. Mas, quando o assunto é violência doméstica, a rapidez para solucioná-los é importante.
“O atendimento é satisfatório, mas buscamos mais. Precisaríamos de mais policiais civis para um atendimento mais sério e mais rápido”. Atualmente, apenas 55 policiais civis atendem à demanda da Casa da Mulher Brasileira. Em três anos, foram 34.631 mulheres atendidas e 179.587 encaminhamentos.
*Correio do Estado
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