O Frigorífico Antônio João terá matéria prima suficiente para operar com toda a sua capacidade. Apenas municípios situados em um raio abaixo de 200 quilômetros possuem rebanho que ultrapassam as 5 milhões de cabeças. Desta forma, segundo o secretário municipal de Governo, Afrânio Marques, os empresários Marcelo Celestino e Eduardo Fernandez não terão nenhuma dificuldade para manter as atividades em Antônio João.
Conforme levantamento feito pelo Governo Municipal junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), apenas municípios próximos a Antônio João possuem rebanho suficiente para abastecer a nova unidade frigorífica de Mato Grosso do Sul. São mais de 5,3 milhões de cabeças de gado, sendo 384.904 em Amambai, 51.026 em Aral Moreira, 447.110 em Bela Vista, 78.620 em Coronel Sapucaia, 145.427 em Guia Lopes da Laguna, 201.485 em Jardim, 253.910 em Maracaju, 254.164 em Ponta Porã, 696.166 em Porto Murtinho e 93.895 cabeças no próprio município de Antônio João.
Afrânio informou durante entrevista aos jornalistas Edilson José e Fábio Quintana, no programa 104 Notícias da Alto da Serra FM, que o Frigorífico Antônio João vai operar com a mais alta tecnologia do mercado nacional e estará preparado para exportar carne bovina de Antônio João para outros países. “A capacidade inicial será para o abate de 100 cabeças/dia, podendo chegar a 400 cabeças/dia, com o abate de 50 animais/hora. A perspectiva é que no início diariamente 20 cabeças serão destinadas ao abastecimento do mercado local e as outras 80 serão exportadas pra outros Estados”, disse Afrânio.
O secretário falou que o desmonte do animal dentro da indústria frigorífica propicia o aproveitamento total. “Se aproveita desde os miúdos, rabo, mocotó, tripas, sangue, graxaria e futuramente a empresa poderá implantar uma fábrica de sabão. Para se ter uma dimensão do que se aproveita do boi, o sangue que antes se aproveitava pouco, agora será quase 100% aproveitado, já que uma indústria de processamento de sangue vai comprar o produto no estado. Hoje também se aproveita a traqueia do animal que é utilizada pela indústria farmacêutica e o coração do novilho precoce de até 14 arrobas, para retirada de válvulas hoje usadas na medicina”, destacou.
Sobre a geração de novos empregos, Afrânio ressaltou que serão 100 empregos diretos, depois serão 200 e quando estiver operando com toda a capacidade serão 500 empregos diretos, além de outros indiretos. “A parte da desossa será uma das que mais vão gerar empregos e os funcionários receberão treinamento através de cursos oferecidos pelo sistema S. (Senai). Nossa equipe técnica estará reunida com o presidente da FIEMS para que cursos venham atender os trabalhadores de Antônio João, para que eles recebam a capacitação e estejam qualificados para trabalharem no nosso frigorífico”, disse.
O projeto prevendo a implantação do Frigorífico Antônio João foi apresentado durante audiência com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck; secretário-adjunto, Ricardo Senna, e Bruno Gouvêa Bastos, Superintendente de Apoio aos Negócios Empresariais de MS. As explanações sobre como vai funcionar a indústria foram feitas pelo engenheiro Ricardo Briso. Ele informou que a proposta apresentada obedece todas as normas sanitárias. Explicou, ainda, que o projeto foi dividido em três módulos, sendo que na conclusão do primeiro já estará apto para fazer o abate de gado.
*Assecom
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