O corte de verbas na execução do projeto dentro de seu cronograma original pode comprometer todo o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Concebida pelo Exército como projeto estratégico e instrumento de apoio à decisão e de emprego operacional – e elogiado por países como França, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e Espanha –, a estrutura arrasta-se em meio a uma guerra de propósitos para mantê-la viva e eficiente.
Mesmo sendo um sistema que fortalece a presença e a capacidade de ação de segurança nas faixas de fronteira, sem o dinheiro necessário ao seu planejado seguimento, o Sisfron terá um atraso de, pelo menos, 15 anos em sua programação original, iniciada em 2010. A avaliação é do chefe do Comando Militar do Oeste (CMO), general de Exército José Luiz Dias Freitas.
O projeto, que previa investimentos da ordem de R$ 12 bilhões, com aplicação mínima de R$ 1,2 bilhão anual ao longo de dez anos, não tem recebido mais que R$ 300 milhões/ano, montante aquém das necessidades de aquisição e entrega das tecnologias inicialmente previstas. Os cortes orçamentários vêm ocorrendo desde o governo de Dilma Rousseff.
*Correio do Estado
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