A cantora espanhola María Dolores Pradera, que se dedicou a divulgar a música de seu país e da América Latina por mais de meio século, morreu, aos 93 anos. Conhecida como “a grande senhora da canção”, a também atriz faleceu em Madri, cidade em que nasceu em 1924.
Com quase setenta anos de carreira e mais de quarenta discos, Pradera recebeu vários prêmios em sua carreira, como o Grammy Latino por sua carreira em 2008 ou a espanhola Medalha de Ouro ao Mérito nas Belas Artes em 1999.
A cantora teve dois filhos, Elena e Fernando, de seu relacionamento com Fernando Fernán Gómez, um dos grandes nomes do cinema espanhol, com quem foi casada por doze anos.
Foi no cinema que Pradera iniciou sua carreira artística, em 1941, como figurante no filme Porque te Vi Llorar. Ela também atuou no teatro em versões de La Celestina, María Pineda e Fortunata y Jacinta, mas foi como cantora que conseguiu o seu maior sucesso e alcançou fama internacional.
Seu primeiro disco foi lançado em novembro de 1960. Na sua trajetória musical — grande parte dela unida ao grupo Los Sabandeños –, está presente a obra de Chabuca, Horacio Guaraní, Mercedes Sosa, Sánchez Ferlosio, Amancio Prada e Carlos Cano.
Entre seus sucessos, estão Amarraditos, La Flor de la Canela, El Rosario, Que te Vaya Bonito e Caballo Prieto Azabache.
Também interpretou suas canções em duetos com artistas de diversas gerações como Raphael, Joaquín Sabina, Miguel Bose e colaborou com Enrique Bunbury, Amaia Montero e Ana Torroja.
A cantora era membro honorário do Fórum Ibero-Americano das Artes, instituição que lhe rendeu uma homenagem em 2011.
*Veja
Mín. 23° Máx. 39°