Cezar.M.A , morador na Vila Carolina, voltava de bicicleta do seu serviço, em Guia Lopes da Laguna, no início da noite de 22 de fevereiro, quando avistou nas imediações da Ponte Velha uma mulher que caminhava em sua direção, Cezar olhou bem para a figura, que usava um vestido cinza antigo, de tecido grosso, usava os cabelos longos repartidos ao meio, caindo uma trança de cada lado do rosto.
Parecia estar segurando uma criança, ou um pacote de compras. Ao chegar mais perto, a mulher desapareceu, Cezar sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Havia um homem fazendo flexões nas barras logo a frente, distraído. Cezar cumprimentou o homem e seguiu pedalando, pensou que era o cansaço ou a falta de tomar um traguinho que o estava fazendo ver coisas.
Ao chegar em casa contou para a mulher o que tinha acontecido, ela chamou o tio para escutar também. Por via das dúvidas, não voltou mais pra casa pela estrada da Ponte Velha, são muitos os que contam a mesma história, o tio da mulher inclusive, disseram para ele que isso acontece muito, desde os tempos da antiga CER-3 (Comissão de Estradas de Rodagem).
Que são visões, fantasmas e almas penadas de antigos moradores de Jardim, ou ainda de pessoas que morreram quando estavam construindo a Ponte Velha. Há quem diga que são espectros da peonada morta pelo fazendeirão FMB, que os tocaiava para matar e recuperar o dinheiro pago.
Cezar lembra da história, arregala os olhos, sorri e balança a cabeça sem jeito, se diz chateado e que nunca acreditou nisso, mas que nunca tinha visto nada parecido.
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