Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet protagonizaram uma disputa polarizada dentro do partido há dois anos para ser o nome emedebista para a disputa da presidência do Senado. No entanto, o ex-adversário vem se posicionando a favor da eleição da senadora como comandante da Casa de Leis na eleição que ocorre nesta segunda-feira (1º).
O embate entre os dois foi decisivo para eleição do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já que a senadora decidiu deixar a disputa para transferir seus votos ao parlamentar amapaense.
Calheiros na última semana vem criticando a postura dos dirigentes do partido, que decidiram abandonar Tebet à própria sorte e passaram a apoiar Rodrigo Pacheco (PSDB-MG), em troca de cargos e a presidência de comissões. O candidato minero tem o aval de Alcolumbre e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O cacique emedebista fez duras críticas aos colegas do partido que optaram por deixar a candidatura da senadora Simone. “Viramos um bando. Deixamos de ser partido”, criticou as conversas em busca de cargos na Mesa e nas comissões.
Em mensagens postadas pelo WhatsApp no grupo de senadores da sigla, Renan disse que o MDB “cristianizou” Simone Tebet e virou “pedinte”, com a bancada “mendigando” uma conversa com o presidente do Senado para receber “carguinhos como favor”.
“É o fim melancólico para quem liderou a Casa e agora foi rebaixado para Série D. Definitivamente, falta-nos rumo, bandeira e deixar claro que o óbvio esmagamento da proporcionalidade implicará na suspensão da governabilidade do Senado e do Congresso, pelo menos”, constatou.
Já em nota oficial divulgada em suas redes sociais, o senador afirmou que o Brasil atual impõe responsabilidades institucionais.
“Em nome dos preceitos sagrados da democracia, da independência dos poderes e respeito à proporcionalidade, reitero o apoio e voto em Simone Tebet, que traz ainda a força da mulher e da renovação. A eleição das mesas é um divisor de águas entre a barbárie e a civilidade, entre o isolamento e a cooperação que retardam a vacinação no Brasil”, concluiu.
*Correio do Estado
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