Nesta quinta-feira (20), começa a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19 em Palmas e em Cuiabá, as duas últimas capitais a darem início à imunização infantil. Ambas receberam as primeiras doses da vacina pediátrica na semana passada, sexta-feira (14).
Na capital do Tocantins, a primeira dose foi aplicada em uma menina de 10 anos que é portadora de asma. Cidade terá oito unidades exclusivas para vacinar público de 5 a 11 anos. Já na capital do Mato Grosso, a imunização está marcada para começar às 9h do horário local (10h no horário de Brasília).
O primeiro carregamento do imunizante chegou ao país no dia 13 com 1,2 milhão de vacinas. A vacina para crianças de 5 a 11 anos tem diferenças em relação à aplicada em adolescentes e adultos, apesar do imunizante ser o mesmo. Por isso, o governo federal adquiriu e distribuiu uma versão específica do produto com dosagens e frascos diferentes.
A maioria das capitais aplicaram as primeiras doses na segunda-feira (17), como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Algumas, como Belo Horizonte e Florianópolis, começaram a campanha para essa faixa etária um pouco antes, no sábado (15).
De acordo com a orientação do governo federal, a vacinação infantil ocorrerá:
A recomendação é entrar nos sites das respectivas prefeituras para saber se é preciso fazer cadastro antecipado, qual faixa etária está sendo vacinada e onde são os pontos de vacinação.
Oito capitais começaram a vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 no sábado (15): Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Salvador, Vitória. No domingo (16), a imunização de crianças teve início em Brasília e João Pessoa.
Outras dez capitais brasileiras começaram na segunda-feira (17): Belém, Curitiba, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro e São Paulo. Boa Vista, Natal e Teresina deram início a vacinação infantil na terça-feira (18); Porto Alegre e São Luís começaram na quarta-feira (19).
Os especialistas ouvidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que falaram durante a aprovação da vacina para as crianças consideraram que os benefícios superam os riscos.
"Só a Covid-19, nessa população em especial – crianças e adolescentes – mata mais do que todas as doenças do calendário infantil somadas, juntas, anualmente", disse Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)..
A infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia, lembrou que, nos Estados Unidos, já foram aplicadas mais de 5 milhões de doses da vacina em crianças de 5 a 11 anos, "com a segurança dentro do que a gente quer em relação a essa vacina", afirmou.
"São mais de 2.500 crianças e adolescentes que nós perdemos no nosso país, um grande impacto dessa doença nessa população. Eu vejo como excelente a vinda de uma vacina em termos de proteção para essas crianças", reforçou Richtmann.
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