O serviço de concretagem da cratera que se abriu na Marginal Tietê, após o asfalto ter cedido ao lado de obra do Metrô da Linha 6-Laranja na Zona Norte de São Paulo, foi finalizado na noite desta quarta-feira (2).
A informação foi confirmada na manhã desta quinta (3) pela Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp.
Após a conclusão do trabalho, a Prefeitura de SP, que atua conjuntamente com a gestão estadual no serviço de reparo, disse que foi descartada a necessidade de colocação de estacas para deter a erosão do solo.
Com isso, a pista da Marginal poderá ser liberada até a madrugada desta sexta (4).
O buraco foi preenchido com 4 mil m³ de concreto, o equivalente a 650 caminhões betoneira.
Foram despejados 12 mil m³ de pedras no poço VSE Aquinos, que corresponde a 1,2 mil caminhões basculantes - a quantidade de concreto utilizada poderia erguer 6 prédios de 16 andares.
Mais de 220 colaboradores da Secretaria, da Sabesp e Linha Uni atuaram na realização desses trabalhos.
A cratera e o túnel de ventilação foram concretados para dar mais sustentação e evitar novos deslizamentos na pista da Marginal Tietê, além de apoiar a tubulação de esgoto rompida para poder efetuar os reparos.
O esgoto de 9 bairros que passava pela tubulação rompida foi transferido para outra rede coletora paralela.
O reparo da tubulação ainda não tem prazo para começar, pois será necessário aguardar o término da concretagem e retirada da água que vazou, e que será feita pelo poço da obra do Metrô que fica do lado contrário da marginal.
A concretagem do mega buraco começou na madrugada de terça para quarta (2) e cerca de 120 caminhões da empresa se revezaram para transportar cerca de 20 mil toneladas de concreto de sete usinas da Concreserv até o local do acidente, disse Fábio Novaes, presidente da empresa.
Na manhã desta quarta-feira (2), caminhões de pedras também foram registrados na região transportando pedras usadas para a estabilização do buraco. As pedras foram jogadas dentro do buraco, junto com a argamassa.
Segundo Paulo José Galli, secretário de Transportes do estado, os custos extras com o solapamento, como os gastos com rochas e concreto, serão pagos pela Acciona, pois já estão inclusos nos riscos de engenharia. O valor de concessão do contrato não vai aumentar.
No início da semana, o secretário de Transportes afirmou que a liberação da Marginal poderia ocorrer no prazo de até dez dias.
Ele também disse que o esgoto que vazou no poço de ventilação e na cratera será retirado pelo outro fosso localizado no sentido Castello Branco da Marginal, já que a água alagou todo o túnel, que interliga os dois pontos.
“As rochas são colocadas no fosso de ventilação para dar estabilidade ao sistema todo e uma vez dando estabilidade nós vamos fazer a remoção do esgoto através do fosso do outro lado da Marginal Tietê”, explicou Galli.
O tatuzão que estava no túnel no momento do desmoronamento foi danificado e novas peças serão compradas para reformá-lo.
Segundo Galli, os custos extras com o solapamento, como os gastos com rochas e concreto, serão pagos pela Acciona, pois já estão inclusos nos riscos de engenharia. O valor de concessão do contrato não vai aumentar.
O acidente ocorreu na pista local da Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna, depois da Ponte do Piqueri, na Zona Norte de São Paulo, na manhã de terça-feira (1º).
Uma cratera se abriu na Marginal Tietê após o asfalto ter cedido ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo.
O desmoronamento ocorreu ao lado de um poço cavado construído entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó. Ao longo da manhã, o buraco aumentou de tamanho.
De acordo com Galli, o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. Provavelmente o solo não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como "tatuzão" e acabou se rompendo.
Ainda de acordo com o Galli, o "tatuzão" não atingiu a tubulação. Ainda não se sabe o que causou o vazamento. O governo investiga as causas.
Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que um "tatuzão" havia rompido uma adutora, que alagou a galeria. No entanto, o secretário afirma que o equipamento passava três metros abaixo da galeria e não houve choque com a adutora.
O “tatuzão” ficou danificado após o acidente na obra. O equipamento estava a 1,8 metro de distância do local que desmoronou. Para o presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, Paulo Ferreira, a trepidação causada pelo tatuzão é uma das hipóteses para o acidente.
O que se sabe é que o tatuzão seguia no trecho sentido sul, na direção do Rio Tietê, entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó, e estava cerca de 3 metros abaixo do nível da tubulação de esgoto que rompeu e inundou a obra, ao lado do poço de ventilação.
A causa do rompimento da galeria de esgoto ainda é desconhecida e será investigada.
Por conta do acidente, o rodízio municipal de veículos ficará suspenso na cidade de São Paulo até sexta-feira (4).
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