O presidente Jair Bolsonaro defendeu na manhã desta sexta-feira (13) o excludente de ilicitude a policiais militares, em cerimônia na Academia Barro Branco, em São Paulo.
“Meu grande sonho de ser presidente tem que ser compartilhado com o parlamento, gostaria muito de um dia aprovar o excludente de ilicitude, para que vocês, depois de cumprirem sua missão, possam ir pra casa se recolher ao calor de seus familiares e ao invés de esperar um oficial de justiça”, disse o presidente, em discurso aos presentes.
“Com todo respeito aos profissionais de segurança pública, temos que diminuir a letalidade sim, mas é a do cidadão de bem e de pessoas como vocês e não da bandidagem”, afirmou.
“Vocês na rua com uma arma na cintura ou no peito é para usá-la e nós, chefe do executivo, quer seja o presidente ou governadores, devemos dar respaldo e segurança para você”, defendeu.
Em 2019, o governo incluiu o excludente de ilicitude no pacote anticrime apresentado pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, mas a proposta foi rejeitada pelo Congresso.
Em março deste ano, o governo Bolsonaro enviou novo projeto defendendo a medida, sob justificativa de que “atualmente, mesmo se tratando de uma ação legítima, o agente de segurança pública não tem amparo jurídico e, por consequência, pode ficar preso durante a fase investigativa.”
O presidente voltou a falar sobre a “defesa da liberdade”, pedindo união de civis e militares sob essa bandeira.
“Hoje nós precisamos de todos para garantir nossa liberdade, os marginais do passado hoje usam outras armas, também com gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade e começam roubando a nossa liberdade de expressão”, afirmou o presidente.
“Nós não deixaremos que isso aconteça defendemos nossa constituição, nossa democracia e nossa liberdade, juramos dar a vida pela pátria mas cada vez mais no presente, pessoas de bem, civis e militares devem se unir para impedir que roubem nossa liberdade.”
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