O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o processo de capitalização da Eletrobras, e os trabalhadores de qualquer setor que tenham recursos no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) poderão utilizar até 50% do fundo para comprar ações da empresa.
O mecanismo usado para este processo é o Fundo Mútuos de Privatização, criado em 2000, e já usado em outros casos, como na Vale e na Petrobras.
Existem dois modelos de fundos: FMP-FGTS, em que participam apenas as pessoas físicas com contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, e o FMP Recursos Próprios, em que investidores utilizam seu próprio capital na aplicação.
Tanto a XP quanto a Suno apontam que o principal risco para estes modelos de investimento é que os FMPs passam a ser de renda variável, ou seja, correm riscos semelhantes aos papéis na B3, como volatilidade e variação de preços.
Dessa forma, os analistas da XP recomendam que o investidor entenda se seu perfil é compatível com esse modelo para evitar frustração no futuro com possíveis perdas.
A Suno diz também que “os Fundos Mútuos de Investimento investem em companhias que são ou que foram estatais algum dia. Entretanto, o melhor, nesse caso, é sempre comprar as ações das mesmas na própria bolsa”.
Em teleconferência de resultados, o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, projetou fazer a oferta de capitalização ainda em junho. Com isso, o governo deixaria de ser o sócio majoritário da empresa, passando de proprietário de 45%. Assim, a companhia se tornará uma holding, e não mais uma estatal.
Foi estabelecido o uso de um teto de R$ 6 bilhões para recursos do FGTS comprarem ações na oferta pública.
Caso o trabalhador queira comprar ações da Eletrobras com o FGTS, é possível participar via fundo de forma individual ou um clube de investimento, o CI-FGTS, que funciona como uma comunhão de recursos de pessoas físicas —de no mínimo três e no máximo 50 participantes—, para aplicação em títulos e valores mobiliários.
*Com informações de Priscila Yazbek, da CNN
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