A chegada do sinal 5G no Brasil – já presente em cinco capitais e no Distrito Federal – vai ampliar as possibilidades para o campo da saúde. É o que defende o diretor executivo do núcleo de inovação do Hospital das Clínicas de São Paulo, Marco Bego.
Em entrevista à CNN Rádio, ele contou que o InovaHC, desde que houve a notícia de que as bandas de 5G seriam leiloadas, avaliou que a tecnologia traria “características importantes para a saúde.”
Entre elas estão o “menor atraso da informação passada de um lugar para outro, com sinal mais estável e mais rápido.”
São dois projetos-piloto: um de ultrassom à distância e outro que diz respeito à cirurgia robótica e ensino de alunos.
No caso do ultrassom, regiões com poucos médicos podem acompanhar a transmissão usando o 5G, podendo conversar com o paciente e orientar o profissional que realiza o exame.
“O ultrassom não depende da companhia telefônica, porque usamos uma rede privada, o sinal sai do HC e envia a imagem. Já testamos a conexão e ainda faremos testes em uma cidade do Amazonas ou Pará.”
O outro projeto serve para monitorar a sala cirúrgica: “Nós transmitimos imagens da sala para que alunos em outra região do país ou médicos possam participar juntos desse treinamento, para evoluir com o passar do tempo.”
“Com o 5G imagem chega com qualidade como se estivesse no local, e além da imagem, passamos dados e a voz do médico orientando a pessoa conversar com paciente e como fazer o exame, são três informações ao mesmo tempo, quase sem nenhum atraso.”
O Hospital das Clínicas vai testar ao longo de todo o ano em ambas as frentes.
“A gente tenta provar que o sistema é adequado e atende a três coisas: dar acesso a pessoas que não têm atendimento médico, dar mais qualidade e reduzir custo.”
A redução de gastos vem do fato de que o deslocamento de pacientes e médicos só acontecerá se for necessário, uma vez que o primeiro atendimento será feito à distância.
*Com produção de Camila Olivo
Mín. 23° Máx. 36°