A grande dificuldade sobre o Novo Ensino Médio é a falta de “comunicação transparente e clara” a respeito do novo currículo.
Esta é a avaliação do gerente-executivo de Educação do Sesi Wisley Pereira, em entrevista à CNN Rádio.
Uma pesquisa conduzida pelo Senai e pelo Sesi apontou que, ao mesmo tempo que 70% aprovam as novas diretrizes, 55% não conhecem o currículo.
O levantamento ouviu 2 mil brasileiros com mais de 16 anos.
“Não conseguimos conversar com a sociedade civil, sobretudo os jovens, para passar as mudanças”, lamentou.
O especialista explica que, antes do Novo Ensino Médio, todos os jovens tinham as mesmas 13 disciplinas obrigatórias.
“Isso não dialoga com o projeto de vida nem com as habilidades que precisam ser desenvolvidas.”
Por esse motivo, ele afirma que há evasão e um terço dos jovens não termina o Ensino Médio.
Na nova arquitetura, das três mil horas obrigatórias ao longo dos três anos de Ensino Médio, 1.800 estão destinadas à formação geral, como português, matemática, química, biologia e física.
As outras 1.200, porém, são focadas em projetos de vida e carreira, com o estudante podendo focar em áreas com as quais tem mais afinidade.
“Outra possibilidade é poder fazer o ensino técnico e profissional com certificação dupla”, contou.
Wisley acredita que “ter esse novo modelo é fundamental para atacar essa mazela da educação básica brasileira, que tem um terço da população sem o Ensino Médio completo.”
“Isso afeta profundamente o desenvolvimento social e econômico”, concluiu.
*Com produção de Isabel Campos
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