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Primavera-cripto: bitcoin valoriza 71% no primeiro trimestre de 2023

Segundo especialistas consultados pela CNN, cenário se reverteu porque o Brasil e o mundo vivem em um ambiente macroeconômico global desafiador

03/04/2023 às 08h25
Por: Tribuna Popular Fonte: CNN
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REUTERS/Dado Ruvic - Representações das criptomoedas Bitcoin, Ethereum, DogeCoin, Ripple e Litecoin em foto de ilustração
REUTERS/Dado Ruvic - Representações das criptomoedas Bitcoin, Ethereum, DogeCoin, Ripple e Litecoin em foto de ilustração

Ao que tudo indica, no último dia do primeiro trimestre de 2023, os investidores cripto podem respirar aliviados: nos primeiros três meses do ano, o bitcoin acumula alta de 71,3%, segundo dados da plataforma Refinitiv.


Isso é bem mais do que a maioria das aplicações de renda variável no período. Para referência, o Ibovespa caiu 5,49% no período; Nasdaq Composite, S&P 500 e Dow Jones acumulam, respectivamente, altas de 15%, 5,5% e -0,9%.


A valorização vem após um ano conturbado para as criptomoedas. As turbulências do setor — com a falência da corretora FTX e implosão do sistema Terra Luna, que levou consigo seu token nativo, Luna, e sua stablecoin, UST — fizeram com que o valor de mercado das criptos despencasse mais de 60%, segundo dados do TradingView.


Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management, explica que esse cenário se reverteu porque o Brasil e o mundo vivem em um ambiente macroeconômico global desafiador.


Com juros subindo, setor financeiro fragilizado e bancos centrais desenvolvidos voltando com a política de expansão da base monetária — efetivamente desvalorizando suas moedas — o bitcoin serve como alternativa ao sistema financeiro tradicional.


O ativo tem demonstrado uma performance anticíclica, com baixa correlação com os fatores de risco tradicionais, e se comportando como um ativo que oferece diversificação num momento de maior incerteza com o mercado tradicional, afirma Ludolf.


“Isso fortaleceu a tese do bitcoin como uma reserva de valor nascente, descentralizado e digital”, complementa João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex.


Essa valorização acontece em um momento curioso para as criptomoedas. O colapso da FTX trouxe consigo uma forte retaliação regulatória: o evento relembrou aos participantes do mercado a importância de operar sob um arcabouço regulatório sólido, e o assunto virou prioridade das autoridades federais.


Em primeiro momento, as regulações e impeditivos que as autoridades americanas visam estabelecer parecem mexer com a característica central dos sistemas de blockchain e criptoativos: a descentralização.


Em tese, nesse sistema não há uma autoridade máxima responsável por ditar as regras e fiscalizar se elas estão sendo seguidas pelos participantes do mercado.


Cunha explica que as regulamentações não estão sendo pensadas para os protocolos — onde a descentralização de fato ocorre — e sim para as empresas que prestam serviços associados ao setor.


“A dicotomia entre regulação e caráter descentralizado da indústria é uma falácia”, completa Ludolf. “Entidades centralizadas precisam operar de maneira adequadamente regulada, tal qual qualquer instituição tradicional. A infraestrutura cripto não irá substituir as instituições tradicionais, mas sim possibilitar que as mesmas operem de maneira muito mais segura e transparente”, esclareceu.


“A descentralização é desejável, mas não necessária para que o ecossistema de cripto prospere”.


Para o resto do ano, ambos os especialistas veem esse movimento inicial como de correção pelas perdas significativas que ocorreram em 2022 — ano em que o ativo derreteu mais de 65%.


Cunha reitera que uma valorização dessa magnitude não acontece todo trimestre — em sua visão, as criptomoedas foram demasiado penalizadas em 2022, o que explicaria esse movimento no começo do ano.


Para ambos os especialistas, a depender do cenário macro e micro — Ludolf cita o possível fim do aperto monetário em economias desenvolvidas — é possível que esse seja um grande catalisador de um movimento de preço benigno no ano de 2023.


“Diria que ainda existem riscos regulatórios e macroeconômicos, mas a mudança das estações sugere que estamos sim saindo de um inverno e, se ainda não estamos no verão, diria que a primavera já chegou”, finaliza Ludolf.


*Sob supervisão de Ana Carolina Nunes


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