O governo da China acaba de liberar a entrada de milhares de toneladas de carne brasileira que ainda estavam retidas em portos do país desde a confirmação de um caso de doença da vaca louca, no Pará, em 22 de fevereiro.
O fechamento do mercado chinês durou cerca de um mês. Em 23 de março, ele foi totalmente reaberto às exportações brasileiras de carne bovina.
Pequim, no entanto, impedia o desembaraço aduaneiro da carne que havia chegado nos portos locais com data de abate posterior ao registro do caso de vaca louca no Pará e anterior à reabertura do mercado. Agora, toda a carne armazenada nos portos chineses ganhou permissão para entrar no país.
Na prática, segundo relatos feitos à CNN por autoridades brasileiras, isso significa a liberação de 40 mil a 50 mil toneladas que estavam retidas. De acordo com estimativas do Ministério da Agricultura, o valor chega a US$ 1 bilhão.
Com o desembaraço aduaneiro e a efetiva autorização de entrada no mercado chinês, os exportadores brasileiros poderão dar como concluída a entrega do produto e finalmente receber o dinheiro das vendas.
A liberação, conforme fontes do governo, atinge principalmente pequenos e médios frigoríficos. Em condições adequadas de refrigeração, a carne bovina pode ser preservada e manter sua qualidade por até 180 dias. Ou seja, o que está sendo desembaraço é próprio para consumo.
O Ministério da Agricultura foi avisado sobre a liberação, no fim da noite da segunda-feira (26), pela Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC).
O caso registrado em fevereiro de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença popularmente conhecida como mal da vaca louca, era atípico. Ou seja, não havia transmissão entre o rebanho e a doença surgiu organicamente um animal mais velho.
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