O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), creditou à “harmonia entre os Poderes” a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch Ratings.
“Tem muito trabalho pela frente, mas estou muito confiante e reputo esses resultados à harmonia entre os Poderes da República. Sempre salientei que a chamada crise econômica que o Brasil vive é o desdobramento de uma crise de natureza política”, disse o ministro na abertura de uma entrevista coletiva, em Brasília, nesta quarta-feira (26).
“Se nós acertarmos o passo na política, no diálogo, na construção, vamos superar essa situação e voltar a crescer com sustentabilidade social, ambiental e fiscal”, acrescentou.
A Fitch elevou de “BB-” para “BB” a nota de crédito do Brasil, com perspectiva em estável. A nota do Brasil foi rebaixada pela agência de risco em 2018 em meio à crise das contas publicas e pela demora da aprovação da reforma da Previdência na ocasião.
De acordo com o comunicado da Fitch, a atualização da classificação de risco do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado “em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”.
Na abertura da coletiva de imprensa de apresentação do “Novo Ciclo de Cooperação Federativa”, Haddad destacou que a Fitch é a primeira agência de risco que efetivamente muda a nota do Brasil.
“A S&P já tinha sinalizado uma possível mudança de nota, mas só tinha mudado o viés. A Fitch é a primeira das grandes agências que muda a nota e eu sempre disse, e continuo acreditando, que a harmonia entre os Poderes é a saída para que nós voltemos a obter o grau de investimento”, afirmou o ministro da Fazenda.
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