A polícia civil de Goiás investiga as mortes de um homem, de 58 anos, e sua mãe, de 86, depois de consumirem um alimento comprado em uma loja de doces de Goiânia. A comida foi ingerida no domingo (17). O Procon de Goiás também acompanha o caso.
De acordo com o relato de Maria Paula Alves, filha e neta das vítimas, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, não tinha problemas de saúde e acordou bem no dia em que ingeriu o alimento.
“Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas”, descreveu ela.
Segundo a jovem, ele “acordou, comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal. Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando à óbito”.
A mãe de Leonardo, Luiza Alves, chegou a ser internada no mesmo hospital que o filho e morreu um pouco depois dele, na madrugada desta segunda-feira (18), com sintomas semelhantes.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento de mãe e filho.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios. Leonardo Pereira Alves era integrante da corporação. A vítima atuava como assistente de gestão administrativa na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA).
Em nota, a polícia civil manifestou seu pesar pelo ocorrido e expressou suas condolências a familiares e amigos de Leonardo.
O Procon Goiás afirmou que uma equipe esteve na loja de doces que vendeu o alimento ingerido pelas vítimas. Ainda segundo o órgão, nenhuma irregularidade foi encontrada nos produtos fiscalizados. “Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces”, diz o comunicado.
Nas redes sociais, Maria Paula Alves fez questão de destacar que a causa dos óbitos de seus familiares ainda é incerta. “Absolutamente ninguém (ninguém mesmo) sabe ao certo o que aconteceu. Se for mesmo da comida, ainda sim existe dentro disso uma gama gigante de possibilidade que pode ter acontecido”.
A Perdomo Doces disse que tirou de circulação todos os produtos do mesmo lote da sobremesa ingerida pela família. A marca também informou que concedeu acesso irrestrito a agentes fiscalizadores nesta segunda-feira.
“Ao longo de seus oito anos de existência, a Perdomo Doces sempre primou pela adoção de rígidos critérios de segurança alimentar”, diz o comunicado.
“A empresa se solidariza com a família enlutada e reforça que vem colaborando com as investigações, de forma que haja elucidação mais breve possível dos fatos”, conclui.
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