O Ministério da Justiça nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires como interventor no presídio federal de Mossoró (RN).
Servidor de carreira, Pires é o coordenador-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília. Ele já foi diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), a primeira unidade do Brasil.
O policial viajou para a cidade potiguar na tarde desta quarta-feira (14) junto com o secretário de Políticas Penais do MJ, André Garcia. O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, também integra a comitiva.
Com isso, ficou em Brasília o diretor penitenciário substituto, José Renato Vaz. Foi ele quem assinou a portaria às 23h02 e designou o policial para, além de interventor, ser diretor interino da penitenciária de segurança máxima.
A intervenção no presídio de Mossoró foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança, que também afastou toda a Direção do presídio.
A portaria entrou em vigor na noite de ontem.
Conforme a CNN revelou com exclusividade, apurações iniciais indicam que os criminosos fugiram às 3h17 desta quarta-feira (14), depois de escalar uma luminária, alcançar o teto, cortar a cerca e pular.
Não se sabe ainda como conseguiram atravessar as portas da cela, do corredor e do pátio do presídio de segurança máxima, além de burlar o sistema interno do circuito fechado de câmeras de segurança.
É a primeira fuga em um presídio de segurança máxima desde a criação do sistema em 2006. Outros criminosos de alta periculosidade estão em Mossoró como Fernandinho Beira-Mar. Os dois fugitivos eram ligados ao Comando Vermelho.
No Brasil, há cinco unidades. O setor de inteligência identificou a fuga e um alerta foi emitido a todos os policiais penais.
A CNN apurou que os fugitivos são ligados ao Comando Vermelho. Eles foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, vulgo Querubim, Chapa, Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho.
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