Camila e Tavares apostam em Lula e Bolsonaro em MS para protagonizarem eleição

Os pré-candidatos a prefeito em Campo Grande, Camila Jara (PT) e Rafael Tavares (PL), apostam na polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para saírem de coadjuvantes para protagonistas na eleição de outubro.

PL e PT são os maiores partidos do País, considerando o número de deputados federais, que definem tempo de TV e fundo partidário. Entretanto, patinam em Mato Grosso do Sul, onde a política é comandada pelo PSDB.

Na Capital, Camila e Rafael não estão entre os favoritos até o momento e chegaram a serem ameaçados pelas candidaturas de Rose Modesto (União) e Adriane Lopes (PP). Todavia, lutam para aparecerem bem na pesquisa e convencerem lideranças de que são as melhores opções.

Rivais, eles têm estratégia similar: a polarização entre Bolsonaro e Lula. Os dois aguardam a visita de Lula e Bolsonaro a Mato Grosso do Sul para tentarem subir nas pesquisas. Camila, será a primeira beneficiada. A previsão é de que Lula venha a Campo Grande já na próxima sexta-feira, para evento no Frigorífico JBS.

Já Bolsonaro teria se comprometido a vir ao Estado para lançar Rafael Tavares, mas ainda não definiu data. Pesa contra a vinda o fantasma do PP, que liderado por Tereza Cristina, tenta convencer o PL a apoiar Adriane Lopes.

Camila Jara já teve dias piores no PT, com Zeca do PT e Vander Loubet defendendo apoio a Rose. Agora, o partido alega que fechou entendimento de que Camila é a melhor opção.

Pesquisa

Na pesquisa do Instituto Ranking, divulgada nesta semana, Camila apareceu na sexta posição, com 3,2%. Já Tavares foi citado por 0,8%. Rose Modesto (União) lidera com 24%; seguida por Adriane Lopes (PP), com 21%; e ex-governador André Puccinelli (MDB), com 16%. Na sequência, aparecem Beto Pereira (PSDB), com 8,3%m e Lucas de Lima (PDT), 5%. Beto Figueiró (Novo) tem 1,2% e Professor André (Rede), 0,5%. Outros 20% não sabem ou não responderam.

O instituto ainda perguntou para o eleitor quem, na opinião dele, transfere mais votos para a eleição. Bolsonaro foi o mais citado, com 40%; seguido por Lula, 18%; Eduardo Riedel, 12%; Tereza Cristina, 8%; Reinaldo Azambuja, 7%; e Zeca do PT, 4%. Outros 11% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº MS-05481/2024. O Instituto Ranking Brasil ouviu 2.000 moradores entre os dias 2 e 7 de abril. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada foi de 2,20%, para mais ou para menos.