Ao defender que o STF (Supremo Tribunal Federal) não tem competência para realizar "juízos políticos", o ministro Luiz Fux afirmou nesta quarta-feira (10) que a "sociedade triunfa" quando esse processo criminal "é justo".
"A sociedade triunfa não só quando os culpados são condenados, mas também quando os julgamentos criminais são justos. Por isso, senhor presidente, em razão da disponibilização tardia de um tsunami de dados, datadump sem identificação suficiente e antecedência minimamente razoável para os atos processuais, eu confesso que tive dificuldade para elaborar um voto imenso", afirmou.
Relator do caso, Alexandre Moraes votou para condenar Bolsonaro e outros sete réus.
Para Moraes, Bolsonaro foi o líder do que seria o grupo que tramava o golpe. Junto ao ex-presidente, o relator votou pela condenação de:
O voto de Moraes durou cerca de cinco horas e teve quase 70 slides para apresentação do relatório. O ministro também dividiu sua manifestação em 13 pontos que narraram, em ordem cronológica, como teria atuado a organização criminosa pelo golpe.
Flávio Dino acompanhou o relatório de Moraes, estabelecendo o placar de 2 a 0. Uma eventual condenação é confirmada com a maioria de três votos. Além de Fux, ainda votam Cármen Lúcia e Cristiano Zanin (presidente da Turma), nesta ordem.
Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:
A exceção fica por conta de Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão da ação penal contra o parlamentar. Com isso, ele responde somente aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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