A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), está disposta a concorrer a uma das vagas ao Senado em Mato Grosso do Sul. Defensora da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao mesmo tempo próxima ao governo de Eduardo Riedel (PP), a definição sobre o futuro da ministra pode ser decisivo para a eleição em Mato Grosso do Sul.
A ministra confirmou convite de outros partidos e até para mudança de domicílio, mas disse que tudo passará pela conversa que terá com Lula no final do ano. Sobre a possibilidade de mudar de partido, disse que é do MDB desde criança e que tem dificuldade para mudanças, pontuando que teve um único namorado e um único marido na vida. “Mudar de partido e domicilio eleitoral seria uma ruptura muito difícil para minha vida”, justificou.
O esposo de Simone, Eduardo Rocha (MDB), é chefe da Casa Civil de Eduardo Riedel e sairá do governo nos próximos dias para disputar uma das vagas na Assembleia Legislativa. Ele, assim como os demais candidatos do MDB devem apoiar a reeleição de Riedel.
Os deputados do MDB, inclusive, já se posicionaram contra a candidatura de Simone Tebet, não por estrição a ela, mas ao apoio dela a Lula. Esta divisão, pode provocar muita confusão no MDB até as definições para a eleição.
Simone pode ser a candidata de Lula ao Senado em MS e foi procurada pelo PT para fazer uma frente ampla em defesa da reeleição do atual presidente. Todavia, isso custaria o apoio dela a Eduardo Riedel. Esta definição pode ser decisiva para a eleição, que hoje aponta uma vitória de Riedel no primeiro turno.
Riedel lidera todas as pesquisas divulgadas até o momento e tem grandes chances de vitória no primeiro turno. Depois dele, aparecem com alguma pontuação nas pesquisas Capitão Contar (PRTB), que pretende concorrer ao Senado; candidatos do PT (Zeca ou Fábio Trad), Marcos Pollon (PL), que tem dificuldade para ser candidato no PL; e Delcídio do Amaral (PRD).
O PT tenta convencer Fábio Trad (PT) a concorrer ao Governo do Estado e aposta na candidatura de Simone para fortalecer o grupo. Há, no partido, quem defenda as candidaturas de Fábio ao governo e Simone e Vander Loubet (PT) ao Senado.
Quando o grupo petista procurou Simone para fechar essa parceria, ela convidou Vander para ser suplente dela na disputa para o Senado, o que provocaria ainda mais confusão. Em uma eventual aliança com o PT, Simone teria dificuldade para apoiar Riedel, visto que o partido de Lula pretende concorrer ao Governo do Estado.
Riedel não tem problemas pessoais com Simone e esteve com ela em clima muito amigável nesta semana, em Mato Grosso do Sul. Entretanto, ele apoiará a candidatura à presidência da oposição a Lula. Além disso, em Mato Grosso do Sul, o grupo dele tem Reinaldo como candidato ao Senado e Simone está fora da briga pela segunda vaga, que hoje tem Gerson Claro (PP), Nelsinho Trad (PSD), Capitão Contar (PRTB) e Gianni Nogueira (PL) na disputa.
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