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Após derrota de Macri em primárias, Bolsonaro diz que não quer 'irmãos argentinos fugindo para cá'

12/08/2019 às 14h56
Por: Tribuna Popular
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O presidente Jair Bolsonarocomentou nesta segunda-feira (12), em evento em Pelotas (RS), a derrota do presidente argentino Mauricio Macri nas eleições primárias do país vizinho. Bolsonaro disse que "a volta de Cristina Kirchner" colocará "a Argentina no caminho da Venezuela" e afirmou que não quer "irmãos argentinos fugindo para cá".






Neste domingo (11), argentinos foram às urnas para as eleições primárias, que definem oficialmente quem serão os candidatos de cada partido e servem como uma espécie de pesquisa eleitoral.





Com 99,37% das urnas apuradas, Alberto Fernández, que montou chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, teve 47,66% dos votos. Macri, candidato de direita à reeleição e que tem o apoio declarado de Bolsonaro, recebeu 32,08% dos votos.





"Povo gaúcho, se essa 'esquerdalha' voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro", disse Bolsonaro.



Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, tem recebido uma constante leva de venezuelanos que fogem da crise econômica, política e social que afeta o país no regime de Nicolás Maduro.





"Não se esqueçam que aqui, mais ao Sul, na Argentina – o que aconteceu nas eleições de ontem. O que aconteceu nas eleições de ontem... A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de [Nicolás] Maduro e [Hugo] Chávez, e Fidel Castro, deram sinal de vida aqui", disse Bolsonaro





Em entrevista coletiva após a cerimônia em Pelotas, o presidente foi questionado por um jornalista sobre a declaração e o cenário político argentino.





"O que eu quis dizer com isso daí? Você [repórter que fez pergunta] deve saber o que está acontecendo com Roraima: tá recebendo um aporte muito grande de refugiados que tão fugindo da ditadura e da fome. Por quê?", disse.





"Dado o socialismo que deu certo com Chávez e com Maduro. A volta da Cristina Kirchner ali [na Argentina], no meu entendimento, é que estará a Argentina no caminho da Venezuela. E nós não queremos nossos irmãos argentinos fugindo pra cá."






Macri reconhece 'eleição ruim'





Ainda neste domingo, o presidente argentino reconheceu desempenho abaixo do esperado. "Tivemos uma eleição ruim e isso nos obriga, a partir de amanhã, a redobrar nossos esforços. Dói que não tenhamos todo o apoio que esperávamos", disse Macri.





O debate eleitoral na Argentina tem sido pautado pela recessão no atual governo e pela herança econômica do kirchnerismo (2003-2015), que incluiu a falsificação de estatísticas e denúncias de corrupção envolvendo Cristina Kirchner.





Já a oposição a Macri destaca a escalada inflacionária e a degradação social no atual governo.








Mauricio Macri reconhecu resultado ruim em prévia da corrida presidencial neste domingo (11) — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

Mauricio Macri reconhecu resultado ruim em prévia da corrida presidencial neste domingo (11) — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters







Bolsonaro quer PGR 'alinhado'





Ainda na entrevista coletiva em Pelotas, Bolsonaro foi questionado se já definiu quem será o novo procurador-geral da República. O presidente deverá anunciar nos próximos dias o escolhido para comandar a Procuradoria-Geral da República no lugar de Raquel Dodge, cujo mandato acaba em setembro.





"É uma pessoa importantíssima, é o chefe lá do MP, fiscal da lei. E nós não podemos ter um chefe do MP que não esteja alinhado com o desenvolvimento do Brasil. [...] Temos problemas ambientais que o MP vem criando situações que dificulta a retomada de projetos como este [...]. [Temos que ter um chefe do] MP que se preocupa em combater a corrupção, mas também estrutura, não seja um xiita ambiental, que entenda as pessoas de minoria com a importância que ela tem que ter e não supervalorizada", disse Bolsonaro.





O cargo costuma ser ocupado por um dos indicados pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em lista tríplice. O presidente, no entanto, não é obrigado a indicar integrantes da lista.





Nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e nos de Dilma Rousseff, o escolhido para a PGR foi o primeiro colocado na lista indicada pela associação.






Fim dos radares móveis













Em Pelotas, Bolsonaro disse ainda que pretende acabar com os radares móveis no país já na semana que vem.






A operação de radares móveis nas rodovias federais cabe à Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas demais estradas, os aparelhos estão sob responsabilidade de estados e municípios.





"A partir da semana que vem, não temos mais radares móveis no Brasil", disse o presidente, que não explicou como fará isso. Segundo ele, os radares são "uma roubalheira".






Visita a Pelotas





Bolsonaro chegou a Pelotas na manhã desta segunda para participar da cerimônia de inauguração de 47 quilômetros de trechos duplicados da BR-116. No evento, ele anunciou que vão ser liberados mais R$ 100 milhões para as obras na rodovia.





Também participaram do evento os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Osmar Terra (Cidadania), além de deputados e da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas.






Sobre nomeação de Eduardo à embaixada nos EUA





No início da tarde desta segunda, Bolsonaro visitou, em Barra do Ribeiro (RS), o canteiro de obras de trecho da BR-116.





Lá, ele foi questionado sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um de seus filhos, ao posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.





"Olha, se não for o meu filho, vai ser o filho de alguém. Muito simples", respondeu o presidente. Ele disse que a confirmação de Eduardo no cargo, contudo, "depende dos senadores". "O que o Senado decidir está decidido. O que eu posso falar? É difícil elogiar filho, né? A amizade com a família Trump é um grande passo."






Em seguida, Bolsonaro acrescentou: "Levante, do Lula pra cá, o que de útil certas embaixadas trouxeram para o Brasil. Responda-me isso, mais nada. Então, o resto ali, nós vamos tocar o barco. Ele [Eduardo Bolsonaro] sabe fritar hambúrguer, entregar pizza e fala inglês muito bem também. É policial federal concursado, tem a carteirinha da OAB [Ordem dos Advgados do Brasil] também de prima, é o deputado mais votado da história do Brasil – tem isso do lado dele. E é filho do JB, tá ok?”


*G1





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