As obras da Rota Bioceânica, corredor rodoviário ligando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile desde a costa do Oceano Atlântico até a costa do Oceano Pacífico, seguem em ritmo acelerado no Paraguai, na região do município de Carmelo Peralta, vizinho a Porto Murtinho.
De acordo com as informações do Ministerio de Obras Públicas y Comunicaciones (MOPC), o trabalho na chamada Seção 1, que liga Carmelo Peralta a Loma Plata (trecho com 212 km de extensão), avança em 7 frentes de obras, incluindo o trabalho aos domingos e noturno.
No último fim de semana, foi realizado o transporte e iniciada a colocação de vigas de concreto para a ponte sobre um riacho a 25 km de Carmelo Peralta. Nesta frente, já foi concluída a colocação do solo-cal enquanto a colocação do solo-cimento continua – que são as bases de preparação do terreno para que seja feita a pavimentação. Esse mesmo procedimento segue em ritmo acelerado nas frentes de trabalho em Loma Plata, segundo o governo paraguaio.
“Tivemos a informação de que, por volta do dia 20 de novembro, a CCVB (empresa que executa a obra), concluirá mais um trecho da Rota Bioceânica, que sai de Carmelo Peralta. Serão mais 12 km, com toda a sinalização. A obra está fluindo e o projeto segue dentro do cronograma, o que é fundamental sob o ponto de vista de credibilidade e de atração de investimentos. Há um forte entendimento, de todos os países por onde essa Rota vai passar, da importância desse projeto para o desenvolvimento econômico e social dessas localidades”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
No início do mês de outubro, autoridades do Brasil e do Paraguai criaram uma Comissão Mista para acompanhar e definir os detalhes da construção da ponte sobre o Rio Paraguai que vai ligar Porto Murtinho a Carmelo Peralta, com investimento previsto de US$ 75 milhões a ser custeado pela Itaipu binacional.
A Comissão é composta por 21 integrantes. “Essa comissão estabelece um ordenamento sob o ponto de vista da governança e remete a um caminho adequado para a tomada de decisões a fim de se chegar à licitação e, consequentemente, à execução da obra”, lembra o secretário Jaime Verruck.
A próxima reunião da Comissão está marcada para este mês de novembro, em Hernandarias, no Paraguai. Os membros vão analisar o projeto do edital para construção da ponte; o documento está sendo elaborado pelo Ministério de Obras Públicas do Paraguai e será analisado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) antes de ir para apreciação da Comissão.
A Rota Bioceânica deverá reduzir em 17 dias o trajeto de viagem das commodities de Mato Grosso do Sul até o mercado asiático, embarcando nos portos do Chile, ao invés de usar os portos de Paranaguá (PR) ou de Santos (SP). No Paraguai, já está sendo pavimentado um trecho de 600 quilômetros da rota que corta seu território. Partindo de Campo Grande, a rodovia vai percorrer 2.400 quilômetros até a cidade de Antofagasta, no Chile.
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