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“Ação maligna”: Coreia do Norte pede ajuda internacional contra plano do Japão de jogar água radioativa de Fukushima no mar

Declaração de Pyongyang é a mais recente de uma série de preocupações expressas por países vizinhos, incluindo Coreia do Sul, China e ilhas do Pacífico

10/07/2023 às 08h42
Por: Tribuna Popular Fonte: CNN
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Kyodo/Reuters (13.fev.2021) - Vista aérea dos tanques de armazenamento de água da usina nuclear de Fukushima, no Japão.
Kyodo/Reuters (13.fev.2021) - Vista aérea dos tanques de armazenamento de água da usina nuclear de Fukushima, no Japão.

A Coreia do Norte pediu no domingo (9) à comunidade internacional que interrompa o despejo planejado pelo Japão de águas residuais tratadas da usina nuclear de Fukushima no oceano.


“A justa comunidade internacional não deve sentar e assistir à ação maligna, anti-humanitária e beligerante da força corrupta que tenta perturbar o lar da humanidade no planeta azul, e deve se unir para detê-los e destruí-los completamente”, disse o Departamento de Proteção da Terra e do Meio Ambiente do país.


A declaração surge na sequência do relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que considerou que o plano do Japão de despejar águas residuais tratadas de Fukushima estava em conformidade com as normas internacionais de segurança ambiental.


O Japão planeja despejar os resíduos ainda durante o verão no Hemisfério Norte.


A declaração de Pyongyang é a mais recente de uma série de preocupações expressas por países vizinhos, incluindo Coreia do Sul, China e ilhas do Pacífico, todos os quais expressaram temores de possíveis danos ao meio ambiente e à saúde pública.


As autoridades alfandegárias chinesas anunciaram na sexta-feira (7) que a proibição de importação de alimentos de 10 províncias japonesas, incluindo Fukushima, será mantida e que fortalecerá as inspeções para controlar a presença de “substâncias radioativas, a fim de garantir a segurança das importações de alimentos japoneses para a China”.


A aprovação da ONU fez pouco para tranquilizar os pescadores e moradores ainda afetados pelo desastre de 2011.


Em uma entrevista recente à CNN em Tóquio, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que se reuniu com grupos de pescadores japoneses e prefeitos locais e reconheceu seus temores.


“Minha disposição é ouvir e explicar de uma forma que aborde todas essas preocupações que eles têm”, disse ele.


“Quando você visita Fukushima, é impressionante, eu diria até sinistro, ver todos aqueles tanques, mais de um milhão de toneladas de água contendo radionuclídeos, e imaginar que tudo isso vai ser jogado no oceano. Muitas coisas surgem, medos, e você tem que levá-los a sério, abordá-los e explicá-los.”


A AIEA disse que não havia melhor opção para lidar com o acúmulo maciço de resíduos coletado desde o desastre.


“Estamos estudando essa política básica há mais de dois anos. Nós a avaliamos de acordo com os padrões mais rígidos que existem”, disse Grossi. “E estamos bastante confiantes no que dizemos e no esquema que propusemos.”


O desastre de 2011 fez com que os núcleos do reator da usina superaquecessem e contaminassem a água da instalação com material altamente radioativo.


Desde então, nova água foi bombeada para resfriar o combustível remanescente dos reatores. Águas subterrâneas e pluviais também vazaram, criando mais águas residuais radioativas que agora totalizam 1,32 milhão de toneladas métricas, o suficiente para encher mais de 500 piscinas olímpicas.


As autoridades japonesas sustentam que o escoamento é necessário, já que o espaço para conter o material contaminado está acabando, e a medida permitiria o desmantelamento total da usina nuclear de Fukushima.


Cientistas internacionais expressaram preocupação à CNN, dizendo que não há evidências suficientes para a segurança a longo prazo e argumentando que a liberação poderia fazer com que o trítio – um isótopo de hidrogênio radioativo que não pode ser removido das águas residuais – se acumule gradualmente nos ecossistemas marinhos e nas cadeias alimentares, um processo chamado bioacumulação.

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