A senadora Tereza Cristina (PP) admitiu interesse na disputa na eleição do próximo ano. O mandato dela como senadora vai até 2030, mas ela revelou ter interesse em concorrer à vice-presidência da República na chapa de um dos candidatos da direita.
“Dizer que eu não gostaria não é verdade. Eu estaria aqui sendo falsa. Mas eu gostaria de ser vice de quem? Quem é o candidato? Eu nunca soube que tinha eleição para vice. Tem eleição para presidente”, declarou, ponderando que não se pode colocar a carroça na frente dos bois.
“Eu acho que os nomes que estão postos são muito bons. É questão de escolher e saber o mais viável e que tem o melhor projeto para o Brasil. Acho que quem vier tem que trazer uma proposta robusta para esse país do caminho que a gente quer dar a ele”, acrescentou, em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo.
A senadora também falou sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), que começou nesta terça-feira e disse temer por novas retaliações dos Estados Unidos em caso de condenação. “Por onde nós conversamos, diziam o seguinte: que o presidente Trump se vê na mesma condição em que hoje está o presidente Bolsonaro, de perseguido. Ele se enxerga nesta condição e ele colocou essa imposição política”, justificou.
Sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, a senadora disse que não faria o mesmo. “Eu não faria isso. Eu, no lugar dele. Ele é filho, ele tem as razões dele, enfim, os métodos dele. Eu não faria isso. Eu jogo pelo Brasil”, ponderou.
Tereza Cristina ainda comentou o pequeno crescimento do presidente Lula (PT) nas pesquisas, após defesa da soberania do País, contra imposições de Donald Trump. Na avaliação dela, o crescimento pode ter tempo para acabar.
“Ele deu uma levantada aí com esse problema, falando sobre soberania. Mas a gente tem que prestar muita atenção, porque isso pode ser um voo de galinha, um voo curto. O que acontece se, amanhã, começarem a fechar empresas?… O brasileiro pode culpar os dois [Lula e Bolsonaro], mas quem está à frente do Executivo é o presidente Lula. É ele que tem as rédeas para fazer essa negociação”, avaliou.
A senadora ainda defendeu que o PP deixe os cargos que ocupa no governo Lula. “Eu acho que a gente precisa começar a colocar as coisas nos seus devidos lugares. Quem é oposição é oposição mesmo, quem é da base é da base. O eleitor precisa saber quem nós somos”, concluiu.
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