Gabriela Antunes Santos, 22 anos, acusada de matar com um tiro a manicure Jeniffer Nayara Guilhermete, também de 22, confessou o crime após se entregar para a polícia, na tarde desta terça-feira, 16. Ela afirmou que agiu por ciúmes e queria apenas dar um susto em Jennifer, mas acabou matando a jovem após ser chamada de corna. A acusada já tem histórico de agressão motivada por ciúmes, quando em 2014, agrediu e raspou a cabeça de uma adolescente.
O delegado Alexandre Evangelista, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, em coletiva de imprensa na manhã de hoje, 17, afirmou que o caso já foi encerrado. Ele explicou que em depoimento, Gabriela afirmou que descobriu, em novembro do ano passado, que Jeniffer teria tido um caso com seu marido Alisson Patrick Vieira da Rocha. Na época, há cerca de seis anos, de acordo com as investigações, Gabriela não era casada com Alisson. “Mas ela acreditou que essa relação era recente, já que descobriu em novembro de 2015”, explica o delegado.
Gabriela ficou sabendo em um bar, quando uma jovem afirmou que teria ido a um motel com um rapaz e no mesmo carro estariam Jeniffer e Alisson. Após, começou as articulações, que serviriam, de acordo com Gabriela, para dar um susto na manicure. No dia 6 de janeiro, essas conversas sobre o susto teriam sido intensificadas por Gabriela, uma adolescente de 16 anos e Emilly Karolainy Leite, 19. Emilly teria falado para Jeniffer que as duas deveriam se resolver, já que eram amigas de infância. “De dormir uma na casa da outra”, comenta o delegado Alexandre. Emilly foi quem intermediou uma possível paz entre Gabriela e a vítima, mas tudo não passava de uma armação, para que as jovens pudessem dar o susto em Jeniffer.
No dia do crime, Gabriela pegou um veículo GM Sonic que estaria para vender no lava jato do marido, acompanhada da adolescente e Emilly. Com a desculpa de ir fazer as pazes com Gabriela, Emilly conseguiu levar Jeniffer até o veículo, de onde seguiram para o córrego Ceuzinho, local indicado pela adolescente. “A Gabriela disse que no caminho, quando indagava sobre o caso, Jeniffer a chamava de corna e que a mãe dela também seria”, conta Alexandre. Já no Ceuzinho, Jeniffer começou a escorregar e a adolescente tirou a rasteirinha que ela estava. “Ela afirma que esperava que Jeniffer se redimisse sobre o que disse no carro, mas ela reafirmou a chamando novamente de corna”, explica o delegado. A autora então fez três disparos contra a vítima, que foi atingida por um no rosto. Com o tiro, Jeniffer caiu de uma altura de cerca de 20 metros.
A causa da morte consta como fratura cervical. Após o crime, o carro foi deixado no município de Três Lagoas. Alisson foi quem teria pedido para que um homem guardasse o carro e foi embora. O veículo estava com as placas adulteradas. Mesmo mandando esconder o veículo, a polícia não vê nenhum envolvimento de Alisson no crime. A menor de idade foi a primeira a ser apreendida e prestar depoimento à polícia, mas está em liberdade. De início, Emilly negava a participação no crime. Ela e Gabriella estão detidas e a polícia já pediu a prisão preventiva das duas. Gabriela foi indiciada pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe e emboscada, corrupção de menor e porte ilegal de arma de fogo. O inquérito policial já foi encaminhado à justiça.
(Fonte: Diariodigital)
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