inta-feira, 7, um comunicado no qual garante que haverá uma "transição ordeira" de poder em 20 de janeiro.
Ainda assim, o republicano voltou a afirmar que "discorda totalmente" do resultado do pleito e que queria garantir que apenas os "votos legais" fossem contados.
"Embora esse represente o fim do melhor primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo da nossa luta para tornar a América Grande outra vez", destacou, em referência a seu slogan de campanha.
A nota marca o fim dos esforços do atual líder da Casa Branca para reverter o triunfo do oponente democrata. Desde a eleição, em novembro, Trump tem acusado a oposição de ter fraudado a votação, na qual foi derrotado por Biden por uma margem superior a 7 milhões de votos.
A campanha de Trump chegou a deflagrar uma batalha jurídica para tentar invalidar o resultado, mas a Justiça rejeitou praticamente todas as ações.
O processo culminou em confusão na sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória de Biden.
O evento costuma ter caráter cerimonial, mas se estendeu por horas depois que republicanos apresentaram objeções e apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, na tarde de quarta-feira, em protesto.
Após mais de 14 horas, o vice-presidente Mike Pence validou nesta quinta-feira a eleição dos democratas, que receberam 306 votos no Colégio Eleitoral, ante 232 do atual presidente, derrotado no pleito.
As cédulas de votos do Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, que confirmam a vitória do presidente eleito Joe Biden, foram resgatadas do plenário do Senado antes dos protestos violentos desta quarta-feira, 6, segundo o senador democrata Jeff Merkley.
"Se nossa equipe competente não os tivesse seguradas, elas teriam sido queimadas pela multidão", disse Merkley.
A contagem de votos do Colégio Eleitoral e ratificação do resultado pelo Congresso foi retomada na noite de quarta, após seis horas de interrupção, em virtude das manifestações violentas no Capitólio.
Líderes políticos de todo o mundo repercutiram a certificação de Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos e as cenas de violência em meio a sessão oficialização do pleito na sede do Congresso americano.
A repórteres, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, caracterizou a formalização do resultado como um triunfo das forças democráticas.
"Infelizmente, o presidente Trump não aceitou sua derrota desde novembro, nem mesmo ontem, e isso naturalmente criou um ambiente que permitiu tais eventos violentos", comentou.
Pelo Twitter, o primeiro-ministro da Itália, Guiseppe Conte, disse estar preparado para trabalhar com Biden para "promover uma agenda global voltada ao crescimento, sustentabilidade e inclusão".
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o país está preocupado com os "ataques à democracia" em seu "aliado mais próximo". "A violência nunca irá ser bem-sucedida em invalidar o desejo do povo. A democracia nos EUA precisa ser respeita - e será", escreveu, também em redes sociais.
Já o premiê britânico, Boris Johnson, classificou como "vergonhosos" os protestos violentos em Washington. "Os EUA defendem a democracia ao redor do mundo e, agora, é vital que ocorra uma ordeira e pacífica transição de poder", destacou.
A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, responsabilizou Trump pela situação. "O que estamos vendo em Washington é um completamente inaceitável ataque à democracia dos EUA. O presidente Trump tem que ser responsável para parar isso. Imagens assustadoras", comentou.
*Estadão Conteúdo
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